domingo, 8 de abril de 2012

MANDALAS TERAPÊUTICAS


Celeste Carneiro

As mandalas sempre exerceram um grande fascínio sobre mim. Era
 intrigante observar suas formas, as figuras colocadas simétricamente, 
a variedade de cores e de círculos.As mandalas tibetanas e indianas 
eram ricas de símbolos que eu queria apreender.
Em 1975, no Museu de Arte de São Paulo, aconteceu uma exposição
 em homenagem ao centenário de Carl Gustav Jung, organizada por
 Nise da Silveira, a psiquiatra que criou o Museu de Imagens do Inconsciente,
 no Rio de Janeiro. Eram mandalas pintadas por pacientes portadores 
de deficiência mental. Olhando aquelas pinturas pude perceber o valor
 incomparável que esse tipo de trabalho exerce sobre o equilíbrio do 
ser humano. Os pacientes da Dra. Nise da Silveira, instintivamente, 
pegavam os pincéis ou os lápis coloridos e iam fazendo círculos, 
colocando imagens dentro deles. Alguns faziam o centro do círculo, 
outros não se importavam com o centro...

Quando comecei a dar aulas particulares, intensifiquei o estudo sobre
 as mandalas, pedindo, oportunamente, que alguns alunos a pintassem.
Um dia um aluno chegou com a fisionomia um tanto transtornada, 
trazendo algum problema íntimo que eu desconhecia. Dizia não estar 
em condições de prosseguir com o exercício pois “não estava com
 cabeça para nada”!


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